Museu Municipal de Faro / antigo Convento Nossa Senhora da Assunção
Missão
O Museu tem por missão a investigação, conservação, documentação, valorização, divulgação, aquisição e difusão dos testemunhos materiais e imateriais do Homem na área do concelho de Faro, numa perspetiva regional.
Vale a pena
Faro é uma cidade de vários encantos patrimoniais e de longos séculos de história que facilmente se testemunham na vila adentro. Onde outrora civilizações de eras longínquas viveram e edificaram os seus lares, templos e equipamentos públicos, hoje turistas de vários idiomas exploram, pelo seu próprio pé ou por sugestão de itinerários de visita, as referências históricas e artísticas farenses. O passeio pelo centro histórico obriga a paragens junto do Arco da Vila, ao Arco do Repouso, a uma vista pelas Muralhas, à Catedral e, naturalmente, ao Museu Municipal.
Cem anos depois desde a sua fundação, marco que lhe confere o estatuto de um dos museus mais antigos da região algarvia, e depois de ter conhecido várias moradas, o antigo Convento de Nossa Senhora da Assunção, o seu atual espaço, é de longe o que melhor lhe assenta e o que mais o valoriza. O claustro, herança arquitetónica da vida conventual, qual cartaz do museu, além de exteriorizar grande sensualidade e magia, ainda distribui pelos seus dois pisos as salas de exposição.
Ao circular pelo quadrado do claustro pode ter acesso a uma síntese das épocas romana e islâmica, apreciar belos exemplares de pintura antiga ou as obras de Carlos Porfírio, tudo graças a uma equipa qualificada e experiente a trabalhar todos os dias para melhorar o serviço do Museu Municipal e convencê-lo a entrar aqui.
Se nos confiar a sua visita sairá seguramente satisfeito e mais enriquecido. Venha ao Museu Municipal de Faro, vai ver que vale a pena.
Monumento Nacional
Encomenda: Rainha D. Leonor (mulher do Rei D. João II) Séc. 16,18,19 e 20
Autor/es: Afonso Pires, arquiteto (Portal da Igreja e Claustro); Diogo Pires, mestre de obras da Rainha D. Catarina na cidade de Faro (janelão da capela-mor)
É um edifício de caraterísticas renascentistas, com uma igreja manuelina com cúpula barroca, e entrada lateral através de um pórtico do renascimento.
Com especial destaque para o claustro em estilo Coimbrão, de dois pisos, com contrafortes salientes, arcadas de volta inteira no piso térreo e arquitrave no piso superior e para a decoração animalista das gárgulas.
Em 1519, a Rainha D. Leonor, manda edificar na cidade de Faro, no local onde funcionou durante séculos a próspera judiaria de Faro, um convento destinado às freiras Capuchas de Santa Clara. As obras iniciadas por D. Leonor são prosseguidas por D. Catarina que para isso contrata o arquiteto Afonso Pires.
Em 1550 dá-se por concluída a construção do convento de N.ª Sr.ª da Assunção ou Convento das Freiras.
O ataque dos Ingleses em 1596 causa grandes danos no edifício, o terramoto de 1755 faz ruir a igreja e parte dos dormitórios.
No século XIX o convento é abandonado, indo as freiras para a cidade de Tavira. Nos finais desse século é comprado por particulares instalando-se no seu interior uma fábrica de cortiça.
Em 1948 é classificado como Monumento Nacional, sendo restaurado na década de sessenta.
Desde 1973 o edifício alberga o Museu Arqueológico e Lapidar Infante D. Henrique – presentemente designado Museu Municipal de Faro.
O Museu Municipal de Faro integra a Rede Portuguesa de Museus desde Maio de 2002. Em Novembro de 2005 foi galardoado com o Prémio APOM de Museologia Triénio de 2003/05, como melhor Museu Português, atribuído pela Associação Portuguesa de Museologia.